quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

"MEIAS ESTÓRIAS"

Charlote e Letícia são irmãs idênticas, tirando um pequeno furo que uma delas possui em sua pontinha.
Furo?
É, furo. Charlote e Letícia são um par de meias.
Como todos os irmãos e irmãs meias do mundo, elas são gêmeas. Em algumas famílias, cujos criadores (Vale a pena abrir um parênteses aqui, afinal todo mundo sabe que meias, embora não pertençam ao universo Disney, não têm pai ou mãe, são todas irmãs e primas, sendo criadas por máquinas ou mesmo por praticantes do tricô.) são mais chegados em tecnologias e maquinários elas são iguaizinhas, em outras possuem mais particularidades individuais, mas sem parecerem muito diferentes entre si - quando acontece de uma ser muitíssimo diferente da outra, está armada uma encrenca seríssima capaz de causar o encurtamento das vidas das pobrezinhas, afinal, nem todos os seres humanos são capazes de apreciar e admirar a diferenças no mundo das meias.
Mas, enfim, voltando às minhas velhas amigas Leti e Lote, elas são de uma honrada família tecnológica, sendo, dessa forma, idênticas. O tal furo, é uma interferência contemporânea, quase uma interveção cultural. Na verdade, não é nada disso, é o peso da idade mesmo, mas elas que não me descubram fazendo esse mexerico. São capazes de ficarem minhas inimigas. Afinal, Leti e Lote são duas meninas muito vaidosas, se cuidam muito mesmo e também têm a sorte de poucos, tendo sido capazes de passar pela vida, sem desbotarem ou perderem as formas tendo que se preocupar apenas com um leve esgarçamento em seus elásticos.
Mas, pensando bem... Para o tanto de aventuras que essas duas tiveram, e têm até hoje, elas estão novíssimas, principalmente, tendo em vista que somadas, as idades das duas devem contabilizar uns bons 48 anos. Isso não se vê todo dia. Mas mesmo assim, Leti e Lote estão praticamente aposentadas. Eventualmente resolvem participar de uma ou outra aventura mais emocionante, mas no geral, passam a maior parte do tempo enroladinhas, junto às suas companheiras de gaveta rememorando os "loucos 10 anos", época em que eram o mais requisitado par de meias da gaveta e passaram por várias aventuras e sufocos.
Os tais "loucos 10 anos", na verdade, não tiveram nada de loucos, foram até bem normais. Afinal, não existe criança saudável que não seja chegada numa brincadeira. Acontece, que para as meias, qualquer saidinha da gaveta pode se transformar numa aventura. E são algumas dessas saidinhas que eu vou contar...

sábado, 15 de dezembro de 2007

“Um escritor medíocre escreve sobre a sua própria vidinha, enquanto um bom escritor escreve sobre as suas vidas possíveis!” - André Gide
Já nem lembro quando pensei pela primeira vez em "escrever um livro", talvez essa idéia recorrente tenha surgido ainda na infância, quando ouvi pela primeira vez aquele papo de que "há três formas de se entrar para a posteridade: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro". Provavelmente essa quase idéia fixa seja apenas um sintoma de megalomania, sei lá... Acontece que tenho pensado muito em escrever durante esse último ano.
Já rabisquei um pequeno grande número de tramas, personagens, cenários e diálogos, fiz pesquisa acerca dos assuntos que julguei necessários, mas acabei não desenvolvendo.
Na fase policial - sim, porque minha busca pela trama perfeita (veja bem, pefeita para minhas limitadas possibilidades) já passou por alguns dos gêneros mais diversos, sendo todos eles "os meus favoritos" - desenhei uma trama, os personagens, onde e como tudo se desenrolaria para em seguida assistir ao seriado Dexter - que eu adoro, por sinal - e descobrir que a minha "idéia incrível" não tinha nada de original, embora minha trama não fosse nem de longe exatamente igual à do seriado.
Depois dessa situação meio incômoda, em que me descobri fazendo parte do inconsciente coletivo e tendo idéias originais, que podem parecer originais ao seu autor, mas que parecem surgir quase simultâneamente nas mais diversas mentes espalhadas pelo globo terrestre, desisti de tentar alcançar a originalidade. - Sobre esse tema, aliás, posso dizer que tinha esperanças de que nesta seara encontraria a originalidade, visto que durante toda a minha vida tenho ouvido sucessivamente: "Nossa, tenho uma ______ (no espaço em branco entram amigas, primas, irmãs, vizinhas e algumas outras variantes) que é a sua cara." Também tem a variação do tema: "Nossa, tenho uma ______ que tem o seu jeito." Mas sempre podemos encontrar quem fale como eu, ria como eu, ande como eu, ou faça qualquer coisa absolutamente banal da mesma maneira que eu!!!
Enfim, voltando ao assunto, depois que parei de me preocupar com originalidade, resolvi seguir as regras do jogo. Ou seja, destrinchei as fórmulas da ficção policial - eu ainda estava obcecada com o crime, meu caro - e resolvi seguir as que me parecessem mais familiares num exercício de escrita. Criei um detetive, para seguir, a princípio, as mais que ultrapassadas regras de uma certa Sra. Christie. A minha única tentativa de inovação, foi a ocupação do dito cujo: mordomo! Desenvolvi o personagem a partir de uma figura que conheço e que admiro muito, que não é nem nunca foi mordomo aliás. Quando cheguei ao desenho do que seria sua primeira aventura - sim, porque óbviamente, já imaginei inúmeras situações para que o meu espertíssimo sujeito pudesse demonstrar suas habilidades de observação e dedução - alguma coisa aconteceu no meu coração. Meu mundo caiu, depois de enfrentar mamãe com câncer e a perda de um amigo muito querido, ainda perdi meu irmão de quatro patas e o rumo.
Pouco depois, lendo uma entrevista do Seinfeld sobre seu "Bee movie" resolvi aceitar sua sugestão e desenvolver uma história sobre um par de meias. Caramba! Desde então, quando tenho dificuldade para dormir- o que acontece diáriamente desde que o Zeus se foi - me pego contando histórias de meias a mim mesma. Isso aí, desenvolvi obsessão pelo meu par de meias cor de rosa, meias essas que comprei aos 9 anos em uma viajem à Disney - para quem não sabe, tenho 33 anos - e que uso até hoje, principalmente para ficar em casa em dias frios.
Sei lá parece que junto com o Zeus - que nos alegrou por 16 anos - o que restava da minha infância se foi, com exceção do meu par de meias cor de rosa. Desde que soube da doença da minha mãe já andava chegada à programação infantil, o Discovery Kids virou meu canal favorito e passei a dormir embalada pelos Backyardigans, PinkyDinky Doo e Zooboomafoo.
Tive uma infância feliz e minha estória favorita sempre foi Peter Pan. Ser criança é o meu refúgio, minha Shangri-lá, minha cidade ideal, onde a vida é sempre simples e o maior problema é comer todas as verduras do prato.
Ouvi dizer por aí, não lembro onde, que é preciso ter conhecido o sofrimento para escrever sobre a dor. EU NÃO QUERO ESCREVER SOBRE ISSO! (Talvez durante um certo período mórbido na adolescência, mas isso passou, pelo amor de Deus!) Na verdade, eu precisava lavar a alma, faz mais de uma semana que estava pensando nesse post e não encontrava tempo.
Voltando ao início do post, não posso ser considerada uma escritora medíocre... simplesmente por que não sou escritora... apenas torno públicos os meus pensamentos neste blog e esse papo de escrever livro, bem... quem sabe, por enquanto continuo me divertido em contar para mim mesma as aventuras de um par de meias de uma garotinha, talvez eu mesma.. de volta à mediocridade... Ah! Quer saber? Who cares?

sexta-feira, 16 de março de 2007

Endorfinas

Um gde amigo de adolescência que virou médico, Dr. Roberto Haddad, me disse uma coisa sábia: "Endorfina é algo q não é pra ser abusado, por isso o corpo cansa." Nunca tinha pensado por esse prisma... Mas que é uma pena, lá isso é... rs.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Amigos, falta de tempo, inconfidências...

Adorei a perfeita explicação da minha falta de dedicação a este blog dada pelo amigo Cláudio Reston: "quase nao escrevo porque quase sempre escrava?" Sensacional!
Está meio difícil mesmo arrumar um tempinho. Chato isso, uma vez que é quase terapêutico passar uns minutos aqui pensando no que devo ou não desovar neste blog.
Pensando nisso... Pena que não dá para "mandar na lata", lavar a alma, lavar a roupa suja e fazer uma catarse por escrito dando os devidos nomes aos bois. Mas, mesmo não escrevendo um campeão de acessos, aliás, muito longe disso devo ter uns três amigos leitores esporádicos que aparecem aqui só por gentileza, mas vai que um lê, fala para o outro, que comenta com um terceiro, que por acaso sabe das entrelinhas e dá com a língua nos dentes... Caramba! Acabaria gerando uma exposição desnecessária... rs. Tô fora! Detesto ser "o assunto da semana". Não que eu tenha grandes pudores ou seja "a mais reservada das criaturas", longe disso, mas não suporto os comentários maldosos, os olhares mal disfarçados e o arzinho de "eu sei o que você anda fazendo" estampado no rosto dos indiscretos inconfessos que se acham super convenientes apenas pela falta de coragem de interpelar diretamente o "sujeito da oração".
Ok, talvez eu esteja aqui levantando uma bandeira, que nem eu mesma seja capaz de portar, visto que adoro uma fofoquinha básica (Ah, poxa! Qual mulher não curte um mexerico de vez em quando?!) mas realmente a coisa anda um pouco exagerada! Vamos deixar as pessoas em paz! Vamos ao menos tentar!!!
Como canta o Chico: "... deixa a menina sambar em paz..."

terça-feira, 6 de março de 2007

Auto-ajuda, aqui vou eu!

Semana passada entrei numas de que todas as grandes frases já haviam sido ditas. Daí para começar a citar grandes frasistas, quase compulsivamente, foi um pulo. Comecei a seleção meio aleatóriamente e acabei escolhendo algumas que acabaram me deixando com a pulga atrás da orelha... Estaria eu um tanto amarga? Isso que é estranho... De forma alguma, muito pelo contrário, andava até bem alegrinha. Talvez tenha sido uma manifestação da minha finíssima capa de cinismo, sei lá. Só sei que o que foi apenas mencionado a toque de curiosidade, acabou tendo, de uma forma ou de outra, uma relação impressionante com acontecimentos agora passados, mas até então jamais imaginados. Cruzes! A partir de agora, só cito frases incríveis, talvez não tão espirituosas, célebres ou inteligentes, mas certamente positivérrimas... quase extraídas de manuais de auto ajuda...rs.
Içami Tiba, me aguarde! rs

segunda-feira, 5 de março de 2007

The Clash

Letras de música dificilmente decrevem a minha vida... Mas dessa vez, caí no clichê. Ok, it's over now.
"(...)Always tease tease tease
You're happy when I'm on my knees
One day is fine, next is black
So if you want me off your back
Well come on and let me know
Should I Stay or should I go?(...)"
Para bom entendedor... Basta! Fui!!!

sexta-feira, 2 de março de 2007

mais Groucho

"I've had a perfectly wonderful evening. But this wasn't it. "

Molière

"Convém em certas ocasiões ocultar o que se traz no coração."

Mário Quintana ...

"Se eu amo a meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?"

Mae West ...

"Nunca amei outra pessoa do modo que amei a mim mesma".

W. Somerset Maugham

"O amor é um sórdido embuste pelo qual a natureza nos leva a continuar a espécie".

Carlos Drummond de Andrade

Quadrilha
"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história. "

Marcel Proust

"Só se ama o que não se possui completamente".

Graham Greene

"Nenhum de nós jamais morreria por amor. Iríamos sofrer e nos separar e encontrar outra pessoa. Pertencía-mos ao mundo da comédia, não ao da tragédia."

Hélio Pellegrino...

"O homem, quando jovem, é só, apesar de suas múltiplas experiências. Ele pretende, nessa época, conformar a realidade com suas mãos, servindo-se dela, pois acredita que, ganhando o mundo, conseguirá ganhar a si próprio. Acontece, entretanto, que nascemos para o encontro com o outro, e não o seu domínio. Encontrá-lo é perdê-lo, é contemplá-lo em sua liberrérima existência, é respeitá-lo e amá-lo na sua total e gratuita inutilidade. O começo da sabedoria consiste em perceber que temos e teremos as mãos vazias, na medida em que tenhamos ganho ou pretendamos ganhar o mundo. Neste momento, a solidão nos atravessa como um dardo. É meio-dia em nossa vida, e a face do outro nos contempla como um enigma. Feliz daquele que, ao meio-dia, se percebe em plena treva, pobre e nu. Este é o preço do encontro, do possível encontro com o outro. A construção de tal possibilidade passa a ser, desde então, o trabalho do homem que merece seu nome."

Balzac...

“Quando uma mulher nos ama, perdoa-nos tudo, até mesmo os nossos crimes; quando não nos ama, não reconhece nem mesmo as nossas virtudes”.

Eduardo Galeano...

"Somos o que fazemos, principalmente o que fazemos para mudar o que somos. "

Molière...

“Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer".

Provérbio basco...

'Viver bem é a melhor vingança."

Provérbio indígena norte-americano

"Dentro de mim há dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom. Os dois estão sempre brigando. O que ganha a briga é aquele que eu alimento mais freqüentemente."

Jane Austen...

"I cannot think well of a man who sports with any woman's feelings; and there may often be a great deal more suffered than a stander-by can judge of."

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Groucho Marx...


"Time flies like an arrow. Fruit flies like a banana. "

Oscar Wilde...

"Most modern calendars mark the sweet simplicity of our lives by reminding us that each day that passes is the anniversary of some perfectly uninteresting event. "

Stanislaw Ponte Preta...

"Às vezes é melhor deixar em fogo lento do que mexer na panela."

Jorge


I - "Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. (...)"


II - "São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos (...) meus inimigos terão os olhos e não me verão, terão boca e não me falarão, terão pés e não me alcançarão, terão mãos e não e não me ofenderão.
São Jorge vela por mim e pelos meus, protegendo-me com suas armas. (...)"


SALVE JORGE!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

E que venham mais "Emoções Miojo"!

Nada melhor que um dia depois do outro.
Muito barulho por nada.
A realidade se impõe e nada interfere no curso normal da vida.
Quase lanço um desafio à vida e à fisiologia... Será possível que determinadas criaturas sejam capazes de ir além dos 3 minutos de preparação, 5 min de consumo e 15 min de digestão?

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Antes um Cafajeste Confesso a um "Falso Fofo"

Detesto "HOMEM FOFO"
HOMEM - do Lat. homine; s. m., animal mamífero, bípede, bímano, racional e sociável que, pela sua inteligência e pelo dom da palavra, entre outros aspectos, se distingue dos outros seres organizados; pessoa adulta do sexo masculino; varão; fam., marido; sujeito, indivíduo; fig., a espécie humana, a humanidade.
FOFO - adj., que cede à pressão; mole; macio, brando; fig., impostor; vão, enfatuado; s. m., ornato fofo; fam., a cama; (no pl. ) tufos no vestuário.

Desabafando...

Já que não estamos propriamente num "Campeao de Audiência", começo a "lavar a alma" sem grandes precupações...

Citando Georges Bizet...

"L'amour est enfant de bohème,il n'a jamais connu de loi:Si tu ne m'aimes pas, je t'aime;si je t'aime, prends garde à toi!"

... Aliás e a propósito...

Cheguei! Não acredito que acabei entrando na onda do blogg. Na verdade, não dá nem para entrar numas de que estou fazendo algo novo, porque nada MENOS novo que blogg. Mas, ao menos para mim, é! Sendo assim, cá estou eu requisitando um espacinho na web para desabafar sem me preocupar se serei lida ou não. Afinal... Ninguém lê esse blogg! (Não ainda...rs)